Refletindo e meditando.
Refletindo e meditando.
A Calma Absoluta do Olhar Pedro Tornaghi Todo e qualquer pensamento promove algum movimento nos olhos. O movimento pode ser mínimo, imperceptível à sensibilidade, mas está lá. A linha inversa também é verdadeira, todo e qualquer movimento dos olhos, influi na atividade no cérebro e no estado mental. Essa ligação direta entre pensamento e olhar, torna possível influir em nosso pensar a partir do que escolhemos fazer com nossos olhos. E a oportunidade é imensa, vai muito mais além da chance de acalmar ou excitar a mente ao se induzir os olhos à calma ou excitação, é possível mesmo chegar à cessação dos movimentos da mente, quando somosapresentados à calma absoluta do olhar. Em outras palavras, os olhos que todos carregamos sobre o nariz, podem ser uma porta simples e acessível a uma experiência que parece difícil ou até mesmo impossível a muitos: a meditação. Mesmo parecendo impossível, pode estarao alcance das mãos, se não exatamente diante de nossos narizes, acima deles. A primeira frase do “Yoga Sutras”, o mais tradicional tratado de yoga, sugere: “yoga é a cessação das ondas da mente”, ou seja, yoga é meditação. Mas, como chegar a isso? Muitos tentam, das mais diversas formas, uns poucos – muito poucos – conseguiram; e a maioria se frustrou no caminho, entre tropeços por estradas muitas vezes tortuosas. Como acalmar a mente? “Peço para que ela fique calma mas ela…” “Peço para que ela pare e ela dispara mais ainda.” Sim, a mente é rebelde. Funciona como os robôs de algumas histórias de ficção científica que, após serem programados por seus inventores, ganham vida própria e se rebelam contra o criador, tentando destruí-lo. Como ter acesso novamente à programação deles? Como encontrar receptividade deles para sua necessidades atuais? Qual o código de acesso? A chave pode estar escondida debaixo do capacho, na porta da casa. O acesso para a mudança do estado de espírito da mente pode estar nos olhos. Shakespeare popularizou a ideia dos “olhos serem as janelas da alma”. É igualmente real, mesmo que menos poético, afirmar que os olhos são janelas da mente. Sim, por eles entra luz em nossos cérebros, por eles nossas glândulas pineais se alimentam de luminosidade e têm seu funcionamento regulado. Por eles se insinuam estímulos elétricos que vão ditar ritmos de muito do que acontece em nosso cérebro. O nervo óptico, que conduzo que vemos desde os olhos até os fundos do cérebro, é composto de neurônios, pode-se mesmo dizer que os olhos são uma extensão – visível – de nosso cérebro, que acalmar o nervo óptico, já é acalmar o cérebro. Sim, é muito difícil dizer ao cérebro: “relaxe”. Não conhecemos o acesso. E ele não está nem aí para nossa instrução, ele tem mais o que fazer, ele tem movimentos já acontecendo dentro de si que parecem fazer mais sentido para ele do que a nossainstrução; ele tem “ondas” em andamento por toda a sua extensão. Mas, se não temos acessoao cérebro, não é difícil induzir os olhos a relaxar. É até fácil. E, quando os olhos relaxam, o cérebro relaxa. Imediatamente. A opção de relaxar ou tensionar internamente pode se tornar algo simples, como escolher colocar uma panela de água para ferver ou para congelar. A hipnose sabe disso há muito tempo. Quando o hipnotizador pede ao cliente, que acompanhe com os olhos o oscilar do pêndulo da direita para a esquerda e em seguida lhe induz com frases como “seus olhos estão ficando cansados”, “as pálpebras começam a pesar”, “seus olhos estão a cada momento mais relaxados”, ele pretende levá-lo ao contato com zonas sutis da mente, contato esse somente possível quando há um relaxamento profundo dela.E os resultados são incríveis. Pode-se experimentar durante o transe hipnótico, momentos de total liberdade do pensamento e de nossas crenças mais arraigadas. Pode-se ter acesso a lembranças primordiais guardadas dentro de nós. A hipnose, até onde se sabe, nasceu na Índia. Como filha da meditação.Ela aponta para algumas maneiras possíveis de relacionar olhos com a mente. Mas não obrigatoriamente se utiliza de todas. O olhar pode servir como um caminho de acesso fácil à meditação. E foi usado muitas vezes na historia da Índia, com sucesso. Basta que paremos totalmente nossos olhos para que a mente “cesse seus movimentos”. Aquietando-os, estamos a um passo da meditação. Parando-os, estamos mesmo a um tropeço dela. Existe um bom número de meditações que exploram diferentes maneiras de se chegar a essa “calma do olhar”, capazes de levar ao florescer da lucidez e a uma clareza do olhar sem precedentes. São técnicas de meditação, complementares entre si, que induzem a esse aquietar interno, tornando-o acessível mesmo a quem tem pouca ou nenhuma experiência com a meditação. Sendo práticas simples, prazerosas e de ação imediata, elas estimulam a pessoa a mergulharno processo de autoconsciência. Uma vivência contínua delas, além de trazer a clareza do olhar sobre si e sobre o mundo, proporciona um relaxamento físico surpreendente,capaz de tornar os dias mais “confortáveis” e imunes ao estresse. É experimentar, e vercom os próprios olhos. .https://pedrotornaghi.com.br/blogger/?page_id=107
As Meditações da Visão e da Audição
Pedro Tornaghi
A Calma Absoluta do Olhar Pedro Tornaghi Todo e qualquer pensamento promove algum movimento nos olhos. O movimento pode ser mínimo, imperceptível à sensibilidade, mas está lá. A linha inversa também é verdadeira, todo e qualquer movimento dos olhos, influi na atividade no cérebro e no estado mental. Essa ligação direta entre pensamento e olhar, torna possível influir em nosso pensar a partir do que escolhemos fazer com nossos olhos. E a oportunidade é imensa, vai muito mais além da chance de acalmar ou excitar a mente ao se induzir os olhos à calma ou excitação, é possível mesmo chegar à cessação dos movimentos da mente, quando somosapresentados à calma absoluta do olhar. Em outras palavras, os olhos que todos carregamos sobre o nariz, podem ser uma porta simples e acessível a uma experiência que parece difícil ou até mesmo impossível a muitos: a meditação. Mesmo parecendo impossível, pode estarao alcance das mãos, se não exatamente diante de nossos narizes, acima deles. A primeira frase do “Yoga Sutras”, o mais tradicional tratado de yoga, sugere: “yoga é a cessação das ondas da mente”, ou seja, yoga é meditação. Mas, como chegar a isso? Muitos tentam, das mais diversas formas, uns poucos – muito poucos – conseguiram; e a maioria se frustrou no caminho, entre tropeços por estradas muitas vezes tortuosas. Como acalmar a mente? “Peço para que ela fique calma mas ela…” “Peço para que ela pare e ela dispara mais ainda.” Sim, a mente é rebelde. Funciona como os robôs de algumas histórias de ficção científica que, após serem programados por seus inventores, ganham vida própria e se rebelam contra o criador, tentando destruí-lo. Como ter acesso novamente à programação deles? Como encontrar receptividade deles para sua necessidades atuais? Qual o código de acesso? A chave pode estar escondida debaixo do capacho, na porta da casa. O acesso para a mudança do estado de espírito da mente pode estar nos olhos. Shakespeare popularizou a ideia dos “olhos serem as janelas da alma”. É igualmente real, mesmo que menos poético, afirmar que os olhos são janelas da mente. Sim, por eles entra luz em nossos cérebros, por eles nossas glândulas pineais se alimentam de luminosidade e têm seu funcionamento regulado. Por eles se insinuam estímulos elétricos que vão ditar ritmos de muito do que acontece em nosso cérebro. O nervo óptico, que conduzo que vemos desde os olhos até os fundos do cérebro, é composto de neurônios, pode-se mesmo dizer que os olhos são uma extensão – visível – de nosso cérebro, que acalmar o nervo óptico, já é acalmar o cérebro. Sim, é muito difícil dizer ao cérebro: “relaxe”. Não conhecemos o acesso. E ele não está nem aí para nossa instrução, ele tem mais o que fazer, ele tem movimentos já acontecendo dentro de si que parecem fazer mais sentido para ele do que a nossainstrução; ele tem “ondas” em andamento por toda a sua extensão. Mas, se não temos acessoao cérebro, não é difícil induzir os olhos a relaxar. É até fácil. E, quando os olhos relaxam, o cérebro relaxa. Imediatamente. A opção de relaxar ou tensionar internamente pode se tornar algo simples, como escolher colocar uma panela de água para ferver ou para congelar. A hipnose sabe disso há muito tempo. Quando o hipnotizador pede ao cliente, que acompanhe com os olhos o oscilar do pêndulo da direita para a esquerda e em seguida lhe induz com frases como “seus olhos estão ficando cansados”, “as pálpebras começam a pesar”, “seus olhos estão a cada momento mais relaxados”, ele pretende levá-lo ao contato com zonas sutis da mente, contato esse somente possível quando há um relaxamento profundo dela.E os resultados são incríveis. Pode-se experimentar durante o transe hipnótico, momentos de total liberdade do pensamento e de nossas crenças mais arraigadas. Pode-se ter acesso a lembranças primordiais guardadas dentro de nós. A hipnose, até onde se sabe, nasceu na Índia. Como filha da meditação.Ela aponta para algumas maneiras possíveis de relacionar olhos com a mente. Mas não obrigatoriamente se utiliza de todas. O olhar pode servir como um caminho de acesso fácil à meditação. E foi usado muitas vezes na historia da Índia, com sucesso. Basta que paremos totalmente nossos olhos para que a mente “cesse seus movimentos”. Aquietando-os, estamos a um passo da meditação. Parando-os, estamos mesmo a um tropeço dela. Existe um bom número de meditações que exploram diferentes maneiras de se chegar a essa “calma do olhar”, capazes de levar ao florescer da lucidez e a uma clareza do olhar sem precedentes. São técnicas de meditação, complementares entre si, que induzem a esse aquietar interno, tornando-o acessível mesmo a quem tem pouca ou nenhuma experiência com a meditação. Sendo práticas simples, prazerosas e de ação imediata, elas estimulam a pessoa a mergulharno processo de autoconsciência. Uma vivência contínua delas, além de trazer a clareza do olhar sobre si e sobre o mundo, proporciona um relaxamento físico surpreendente,capaz de tornar os dias mais “confortáveis” e imunes ao estresse. É experimentar, e vercom os próprios olhos. .https://pedrotornaghi.com.br/blogger/?page_id=107